Continuamos na aventura dos alimentos e, afinal isto é mais difícil do que eu pensava. A Alice nunca teve problemas em comer, nunca houve dramas, nem birras nem choros. Pelo contrário, gostou logo da primeira sopa e de cada novo alimento que introduzimos. Até agora! Já percebi que ela gosta de comer os alimentos à mão. No fim-de-semana dei-lhe um bróculo para ela experimentar e ela gostou. Depois, misturei bróculos, batata doce e pescada, tudo com o garfo sem triturar, para ela aprender a mastigar aos poucos. Comeu uma, duas colheres, e à terceira começou o choro!
Como não resultou, ao jantar fizémos uma sopa com salmão, ervilhas, batata doce, courgette, cebola, abóbora e triturámos tudo, apenas deixámos uns bocadinhos de salmão desfiado para que ela pudesse ir mastigando. E, mais uma vez, à terceira colher ela fez birra. Parece que ela não gosta de sentir texturas. Se a sopa é passada, a Alice não gosta de encontrar coisas lá no meio. Talvez seja por preguiça de mastigar e, como ela é comilona, talvez queira comer logo tudo de uma vez. Ou então simplesmente não gosta da sensação de sentir pedaços de comida no meio da sopa cremosa. Mas o mais certo é não estar habituada. A adaptação aos sólidos é um processo lento e demorado e é preciso alguma paciência e persistência. Por isso, decidimos ir intercalando os alimentos sólidos com os purés e as sopas. Dar uma bolacha para ela ir roendo ao lanche, um bróculo para mastigar antes do almoço ou um pedaço de peixe ou carne para saborear antes do jantar.