Já se ouvem os primeiros ecos para voltarmos à “normalidade”. E eu tenho medo. Tenho medo de perder isto, este tempo com ela.
Tenho medo de perder o acordar demorado das manhãs, os pequeno-almoços sem pressas, vê-la aos pulos na cama às gargalhadas e a dançar sempre que lhe apetece. Tenho medo de perder as nossas tardes no sofá a ver filmes de princesas da Disney na TV até adormecer, perder as pinturas e os desenhos, a correria pela casa toda e até os disparates que me obrigam a respirar fundo e a contar até 10 antes de reagir.
Voltar à “normalidade” dos dias não é melhor do que isto. Vamos voltar mais frágeis e desprotegidos se for cedo demais.